O que antes era apenas um sonho cultivado nas salas e tatames de projetos sociais, hoje se concretiza na vida de três jovens pernambucanos. Após um ano e meio de preparação intensa, eles deixam a rotina civil para integrar oficialmente as forças de segurança do Estado de Pernambuco, trazendo na bagagem histórias inspiradoras.
Os novos policiais militares começaram sua jornada em iniciativas comunitárias desenvolvidas pelo efetivo de batalhões da Polícia Militar de Pernambuco. O 6º, o 18º e o Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) mantêm programas que aproximam jovens da Corporação, oferecendo orientação, treinamento físico e noções de cidadania.
David Laurindo da Silva, 29 anos, é um exemplo dessa trajetória. Integrante do Projeto Em Busca da Farda, desenvolvido pelo 18º BPM, ele participou do seu primeiro concurso para a PM e conquistou a aprovação. A partir de visitas da Patrulha do Bairro, David conheceu melhor os trabalhos desenvolvidos pela PMPE, o que despertou seu interesse em servir. “Ser policial militar não é simplesmente pegar bandido e combater a criminalidade nas ruas, mas também estar dentro das escolas e comunidades, levando oportunidades para as pessoas que são de periferia e que não tem acesso à informação”, disse ele.
Maria Elizabete Lima da Cruz, 28 anos, fez parte do Projeto Polícia Amiga, do 6º BPM. Na primeira tentativa, não conseguiu avançar no teste físico, mas a perseverança falou mais alto. “Hoje para mim é a realização de um sonho que há muito tempo estava guardado. Em 2018 consegui aprovação, mas cai no teste físico. Estou aqui para mostrar que com determinação nós chegamos longe, não podemos deixar nossos sonhos morrerem”, contou Elizabete.
Já Charley Victor Domingues Silva de Assis, 19 anos, começou sua ligação com a PM cedo. Desde os 12 anos, participa das aulas de jiu-jitsu oferecidas pelo Projeto Social do BOPE. O contato constante com policiais militares aumentou sua admiração pela Corporação e o motivou a seguir carreira, porém por ser Pessoa com Deficiência, pensou que não teria chances. “Quando vi que abriram vagas para PCD me dediquei integralmente e passei, foi uma porta que se abriu e eu pude mostrar que mesmo sendo monocular, isso não interferiu em nada nas atividades desenvolvidas no curso, o que mostra que só basta você querer, para fazer bem feito”, finalizou Charley.
Agora, formados e prontos para o serviço, os três reforçam o efetivo da Polícia Militar de Pernambuco, carregando consigo a essência dos projetos que os formaram e o compromisso de servir e proteger a população. Suas histórias demonstram que o investimento social não apenas transforma vidas, mas também fortalece a segurança pública.
