Aguardado há mais de uma década, HMA é primeira das cinco maternidades que serão construídas pelo Governo de Pernambuco com foco na ampliação da assistência materno-infantil
O Hospital da Mulher do Agreste (HMA), inaugurado pela governadora Raquel Lyra, em 09 de maio, na cidade de Caruaru, completa dois meses com 1 mil partos realizados e quase de 8 mil atendimentos. Desde o primeiro dia de atendimento à população, em 10 de maio, até 11 de julho, foram 1 mil nascidos vivos, sendo 581 (58,2%) por meio de partos normais e 418 (41,8%) cesarianas. Em julho, já são 145 nascidos vivos, sendo 83 (57,2%) por partos normais e 62 (42,8%) cesáreos.
De acordo com a Vigilância Epidemiológica Hospitalar do HMA, no mês de maio, houve 407 nascidos vivos, sendo 238 (58,6%) por partos normais e 169 (41,4%) por partos cesáreos. Já em junho, foram 448 nascidos vivos, sendo 261 (58,1%) partos normais e 187 (41,9%) cesáreos.
De Pesqueira, Maria Raniele Firmino dos Santos, de 17 anos, teve a primeira filha no HMA, marcando, assim, o milésimo parto da unidade. A pequena Laís Stéfany nasceu de parto normal, nesta sexta-feira (11/07). "Fui muito bem acolhida. Não tenho o que falar!", expressou a puérpera Maria Raniele. "A gente vai espalhar [a notícia]!", complementou a mãe dela, Maria Fernanda Firmino.
Aguardado há mais de uma década pela população, o Hospital da Mulher do Agreste Luísa Cavalcanti Maciel é a primeira das cinco maternidades que serão construídas pelo Governo de Pernambuco com foco na ampliação da assistência materno-infantil no Estado. A unidade atende mais de 50 municípios pertencentes a IV e V Regionais de Saúde, com a previsão de realizar cerca de 8 mil partos por ano (mais de 10% dos partos realizados em todo o Estado).
A diretora do HMA, Bárbara Florêncio, destaca a necessidade da regionalização dos serviços de saúde. "Oferecemos todos os serviços de assistência na linha de cuidado na saúde da mulher, de forma regionalizada, como indica o Sistema Único de Saúde (SUS): um trabalho em rede, com regulação. Além disso, prezamos pela humanização no partejar, com incentivo ao parto normal, com o mínimo de intervenções e ofertando a cesárea quando necessário. Ainda no dia 10 de maio, após o primeiro nascimento por cesárea, celebramos o segundo, por via de parto normal, ocorrendo de forma humanizada, enfatizando o protagonismo da mulher durante o trabalho de parto, onde a paciente pôde ter livre escolha, com o mínimo de intervenções possíveis e escolha do acompanhante", afirmou.
Com um investimento total de R$ 84,8 milhões, a unidade conta com 190 leitos para garantir atendimento especializado e humanizado 24 horas por dia a urgências de alta complexidade em obstetrícia e ginecologia, incluindo UTI neonatal e adulta, bloco cirúrgico com cinco salas e ambulatórios especializados com serviços de ginecologia, obstetrícia, mastologia, cardiologia, endocrinologia, psiquiatria, psicologia, fonoaudiologia, nutrição, fisioterapia pélvica, odontologia, entre outras áreas. Também estão disponíveis no Centro de Imagem exames como ultrassonografia convencional e com doppler, tomografia computadorizada, mamografia, bem como histeroscopia, o que reduz a necessidade de posicionamento de pacientes para a capital.
A unidade conta ainda com um espaço equipado para acolher e prestar assistência, inclusive com residência temporária, às grávidas, às mulheres no pós-parto e aos bebês que necessitam de uma assistência contínua sem a necessidade de internação hospitalar: a Casa da Gestante, Bebê e Puérpera (Casa de Maria), que tem 20 alojamentos com o suporte de profissionais especializados. Além disso, há ainda o Canguru, com 15 leitos, sendo 05 de fototerapia, onde as mães ficam responsáveis pelos cuidados com os recém-nascidos, sob auxílio e acompanhamento da equipe multiprofissional formada por nutricionistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, enfermeiros, médicos, psicólogos e assistentes sociais.
A enfermeira Thamires Orácio, supervisora da Casa de Maria e do Canguru, destaca as ações realizadas com a finalidade de criar vínculo entre equipe e mulheres. "É importante criar uma ambientação e dinâmica para que elas se sintam acolhidas, como se estivessem em casa. Por isso, realizamos atividades com jogos, bingos, pinturas, palestras, filmes, conversas, entre outras. Recentemente, realizamos cafés juninos, a fim de inserir essas mulheres nas tradições vivenciadas na época, em um momento em que estão vulneráveis e necessitando de suporte".
A técnica em enfermagem Geane dos Santos, de 39 anos, moradora do município de Garanhuns, permanece há cerca de um mês no Canguru, desde o nascimento prematuro do filho. "Sou técnica em enfermagem, mas ainda não trabalhei na área. Hoje, tenho como espelho o acolhimento da equipe do Hospital da Mulher do Agreste e quero seguir o exemplo quando tiver a oportunidade de atuar, em um futuro breve".
A mãe foi surpreendida pela equipe multiprofissional com a celebração do primeiro "mesversário" do pequeno José Lorenzo. "Ela havia perguntado se podíamos encomendar um bolo e comprar uma roupinha para a celebração de um mês do bebê. Afirmei que poderíamos providenciar para a semana seguinte, mas a surpreendemos na data na qual ele completou um mês. Foi emocionante!", relembrou a supervisora do Canguru.
As outras quatro maternidades que serão entregues pela governadora Raquel Lyra serão construídas nos municípios de Igarassu, Garanhuns, Serra Talhada e Ouricuri.
