Os dados levantam questões sobre a adesão da população às práticas de cuidado odontológico preventivo
De acordo com o Ministério da Saúde, 55% dos brasileiros não vão ao dentista uma vez por ano, como é recomendado para a manutenção da saúde bucal. Os dados, obtidos em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), levantam questões sobre a adesão da população às práticas de cuidado odontológico preventivo. A cirurgiã-dentista, Mariana Cordeiro, pontuou que os dados são alarmantes.
“Apesar da baixa frequência nas consultas, o Brasil ostenta o título de país com a maior concentração de dentistas no mundo, contando com 395.953 profissionais, segundo o Conselho Federal de Odontologia (CFO). Essa estatística, no entanto, evidencia um cenário em que a alta oferta de profissionais contrasta com a baixa adesão da população aos cuidados bucais”, disse. A especialista também reforçou a importância das consultas regulares.
“A intenção dessas consultas é a prevenção para que possamos diagnosticar as doenças bucais no seu estágio inicial. Por exemplo, a cárie se apresenta inicialmente como uma mancha branca. Quando identificada precocemente, podemos evitar procedimentos restauradores e ainda reduzir o custo para o paciente. Além disso, ao detectar problemas bucais no estágio inicial, abrimos a possibilidade de intervenções menos invasivas, preservando a saúde de forma mais eficaz”, afirmou a cirurgiã-dentista.
Mariana Cordeiro também enfatizou a importância de um acompanhamento personalizado. “Ao analisar o caso do paciente, o cirurgião-dentista estabelecerá um cronograma de consultas preventivas que visa proporcionar um estilo de vida saudável e equilibrado, por isso, é essencial compreender que essas consultas não se limitam apenas a corrigir problemas emergentes, mas desempenham um papel fundamental na promoção da saúde bucal”, concluiu.
