Doença que acomete mais de 30% da população brasileira, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), a hipertensão é mais prevalente em adultos e aumenta de acordo com a faixa etária, atingindo mais de 50% das pessoas entre 65 e 74 anos. Para alertar sobre a doença e sobre os fatores causadores, como o estresse, má alimentação e histórico familiar, foi celebrado, no dia 17 de maio, o Dia Mundial da Hipertensão Arterial. Por ser crônica e silenciosa, o cardiologista do SESI Saúde, Flávio Feijó, orienta que haja um cuidado ainda maior com a doença.
“A hipertensão arterial é uma doença crônica, que não tem cura, mas tem controle, e, por ser silenciosa, não costuma se manifestar através de sintomas. As pessoas tendem a achar que cefaleia ou tontura que porventura apresentem são indicativos de que estejam com valores elevados de pressão arterial. Mas precisam compreender que esses sintomas não são consequência, mas, sim, a causa de potencial aumento da pressão”, esclarece Flávio.
Pela característica silenciosa da doença, o médico pontua que, geralmente, as pessoas não se preocupam em fazer uso regular e diário do medicamento para o controle adequado da pressão, o que pode prejudicar o monitoramento da doença. “Uma das causas mais importantes de prejuízo no controle da hipertensão é a falta de adesão medicamentosa. Dessa forma, elas tornam mais propensas a apresentarem picos hipertensivos, o que pode, a médio e longo prazo, trazer consequências deletérias para a saúde cardiovascular”.
Para combater a doença, o médico ressalta a importância de adquirir hábitos de vida saudável, o que inclui a ingestão controlada de sal - sendo a quantidade recomendada de 2 gramas por dia -, pelo menos 30 minutos de exercício físico regular por dia durante cinco dias na semana, eliminar excesso de peso, além do consumo moderado de álcool. “Tudo isso deve estar aliado ao uso regular do medicamento anti-hipertensivo que tenha sido prescrito pelo médico assistente”, lembra.