segunda-feira, 15 de agosto de 2022

VIRTUOSI GRAVATÁ CHEGA À 12ª EDIÇÃO COM QUATRO DIAS DE CONCERTOS

Apresentações serão de 18 a 21 de agosto, na Igreja Matriz de Sant’Ana, com entrada franca




O ano de 2022 é de retomada para o Virtuosi. Com edições de sucesso no Recife (maio) e em Garanhuns (julho) após dois anos de isolamento social, Gravatá é a próxima parada do evento que leva à população a boa música erudita, com apresentações gratuitas. De 18 a 21 de agosto, o 12º Virtuosi Gravatá apresenta cinco concertos na Igreja Matriz de Sant’Ana. Homenageado em todas as cidades por onde passou o festival este ano, o maestro Rafael Garcia, criador do Virtuosi, falecido em outubro do ano passado, será reverenciado também em Gravatá.

"Já avalio trocar o nome do festival de Virtuosi para Rafael Garcia", brinca Ana Lúcia Altino, cocriadora do evento em 1998 com o maestro, com quem foi casada por mais de cinco décadas. Este ano, ela assumiu na totalidade a direção do festival. "Foi uma grata surpresa da Prefeitura de Gravatá a realização do 12º Virtuosi ainda em 2022 na cidade. Será uma programação mais enxuta, mas belíssima", diz Ana Lúcia, citando a participação do pianista paulista Lucas Thomazinho, da harpista carioca Cristina Braga, do pianista natural de Gravatá Luis Felipe de Oliveira, do tenor Edson Cordeiro com a Orquestra Jovem de Pernambuco, e do grupo recifense Flauta de Bloco.

"É com muita alegria que realizamos a 12ª edição do Festival Virtuosi Gravatá, retomando a tradição iniciada pelo maestro Rafael Garcia e mantida por sua esposa, Ana Lúcia Altino, e filhos. A arte tem que ser celebrada e perpetuada e aqui, em nossa cidade, a arte importa e será sempre valorizada em nossa gestão", pontua o prefeito de Gravatá, Joselito Gomes.




ABERTURA, DIA 18 (QUINTA) – Premiado com o Finalist Prize no XIX Santander International Piano Competition (Espanha), o pianista paulista Lucas Thomazinho abre a série de concertos na Igreja Matriz de Sant’Ana, às 19h30. Apresenta programa com composições de Heitor Villa-Lobos, Maria Szymanowska, Richard Wagner e Franz Liszt. Lucas nasceu em 1995 e, aos 9 anos, ganhou o primeiro concurso, vencendo desde então mais de uma dezena de seleções nacionais e internacionais. Atuou como solista de orquestras como a RTVE Symphony Orchestra (Espanha), as Sinfônicas do Estado de São Paulo, Municipal de SP, de Campinas, de Porto Alegre e a Filarmônica de Minas Gerais. Em 2017, lançou seu primeiro CD pelo selo KNS Classical, disponível nas plataformas digitais.

DIA 19 (SEXTA) – Primeira harpista do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e professora da classe de harpa da UFRJ, Cristina Braga é atração do segundo dia do Virtuosi, às 19h30. Para a noite, escolheu obras de Chico Buarque e Milton Nascimento, Jacob do Bandolim e do harpista celta Turlough O'Carolan, entre outros. Paralelamente à sua carreira clássica, Cristina trilhou um caminho inesperado na MPB. Harpista e cantora, é responsável pela divulgação de uma harpa brasileira de jazz no mundo. Mostrou que seu instrumento também tem alma popular, tocando samba, choro, bossa e participando de projetos de música clássica e popular com a mesma desenvoltura. Cristina tem 16 discos gravados, alguns lançados também na Europa, Japão, Taiwan e EUA. Com a mesma naturalidade aprendeu a pedalar bossa-nova tocando com Peri Ribeiro, estrelou um show de samba apresentando Noel Rosa e Cartola na harpa, tocou com as divas Nara Leão, Ana Carolina e Zizi Possi, colocou harpa no rock nacional acompanhando os Titãs e participou de apresentações com Lenine. Foi convidada por Roberto Menescal e Andy Summers (guitarrista do The Police) para uma participação especial no DVD “United Kingdom of Ipanema”. Gravou em discos de Nando Reis, Marisa Monte e Gal Costa.

DIA 20 (SÁBADO) – O jovem pianista Luis Felipe de Oliveira, 25 anos, natural de Gravatá, abre a programação do dia 20, às 11h, com um programa de alta complexidade técnica com obras de Beethoven, Chopin, Debussy e Villa-Lobos. Formado “cum laude” no curso de Bacharelado em Piano na UFPE, estuda na Academia Internacional de Música Aquiles Delle Vigne, em Coimbra. Detém importantes conquistas em concursos nacionais e internacionais. Em 2015, dirigiu o 1º Festival de Música em Gravatá, no qual fez o recital de abertura. Apresentou-se em diferentes salas de concerto do país e foi solista de importantes orquestras brasileiras.

Às 20h30, Edson Cordeiro se apresenta acompanhado pela Orquestra Jovem de Pernambuco, sob a regência de Nilson Galvão, com programa de compositores como Vivaldi, Mozart, Bizet e Bach, além de Dominguinhos. Natural de São Paulo, Edson Cordeiro participou da ópera-rock “Amapola”, de Miguel Briamonte, que mais tarde seria diretor musical de seus discos. Seu primeiro show solo aconteceu em 1990. O sucesso foi imediato, e ele passou a ser disputado por várias gravadoras. Suas distinções são o timbre vocal de contratenor e o repertório eclético, que inclui ópera, bossa nova, pop e jazz. Considerado um dos cantores mais versáteis da atualidade, com a sua impressionante amplitude vocal e enorme variedade tímbrica, ele sente-se à vontade tanto na ópera e música clássica como nas formas mais modernas da música latina, jazz, rock, pop e dance music. O regente da Orquestra Jovem de Pernambuco, Nilson Galvão, é bacharel e mestre em violoncelo pela Universidade de Campbellsville (EUA). É mestre em Direção de Orquestra pela Universidade de Louisville (EUA). Em 2013, ingressou no Quinteto da Paraíba, onde desenvolve trabalho como violoncelista. Entre 2014 e 2019, foi diretor artístico-musical do projeto social Orquestra Criança Cidadã, realizando turnês na Itália, Estados Unidos, Argentina e Brasil.

ENCERRAMENTO, DIA 21 (DOMINGO) – O Flauta de Bloco fecha o festival às 11h, com repertório de Sivuca, Edson Rodrigues, Alceu Valença, Antônio Maria, Nelson Ferreira, entre outros compositores. Formado por flautas doces, contrabaixo acústico, violão e percussão, o conjunto, criado em 2008 inicialmente como um grupo de extensão do curso de Música da UFPE, vem desenvolvendo um sólido trabalho de aprofundamento dos gêneros musicais pernambucanos através da produção de pesquisas e repertórios, além da realização de concertos, espetáculos e oficinas em torno música no Brasil e no exterior. Instrumentos como cavaquinho e sanfona têm enriquecido a sonoridade do grupo. A parceria entre arranjadores e a Flauta de Bloco favoreceu a produção de um material musical bastante adequado à prática de conjunto de flauta doce, com o idiomatismo do instrumento sendo respeitado e valorizado. Parte do repertório desenvolvido está disponível em dois volumes do Caderno de Música Pernambucana para Flauta Doce.

QUEM É ADRIANO LUIZ?

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Caruaru, PE, Brazil
Formado em jornalismo pelo Unifavip. Pós-graduando em Audiovisual, tendências e mídias sociais no Uninassau. Radialista desde 2004. Mais de 20 anos na comunicação em Caruaru-PE.